quinta-feira, 22 de março de 2012

Descrevendo a paz








O espelho tem desfocado minha imagem, vejo uma pluma branca pairando no ar sem conseguir alcançar o chão. Em dias de chuva sou cheiro de terra molhada, barro moldado por mãos infantis, como se tivesse recuperado a inocência perdida e reinventado travessuras. Talvez tenha alcançado um grau de leveza que transcende o físico - acho que virei matéria microscópica, impossível de se ver a olhos nus, devo estar perdida na via láctea, ou quem sabe apenas me descuidei da gravidade. O sol escaldante não consegue queimar minha pele, estou vestida de vento e minha alma assovia descalça.



Renata Fagundes










15 comentários:

  1. esse jeito meigo de escrever me encanta! dá vontade de ler, reler, ler de denovo...mais engraçado é que a cada leitura parece q encontro um pouquinho de mim em suas palavras...

    bjss

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  2. Nossa,maravilhoso Rê!
    Coisa boa poder ser leveza,poder flutuar dentro de si e ser feliz com isso!
    Abração e um final de semana de infinita luz,=)

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  3. Ual, que texto perfeito, sua escrita é simplesmente maravilhosa, acho que quase voei a cada palavra lida! estou seguindo e voltarei sempre!
    http://fazdecontatxt.blogspot.com

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  4. Tem um selinho pra você no meu blog: http://alineibarra.blogspot.com.br/2012/03/selinho.html

    Beijo! ^^!

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  5. Bom é ser leve sem deixar de ser profundo.
    Ótimo texto.

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  6. Ainda, por esses dias, discutia e refletia sobre a "Insustentável Leveza do Ser", de Milan Kundera. Não porque eu queira, mas ultimamente boa parte do que leio me fornece subsídios para continuar essa reflexão.

    Eis o Ser não inocente por não poder ferir, mas por não saber o que é ferir, sem saber o que é bom ou mal simplesmente por que tais conceitos são demasiado "humanos" (e incompreensíveis) para se manifestar. O conceito de bem e mal é a raiz do próprio preconceito em que se baseia a noção de pecado.

    Se o Mundo fosse baseado na dualidade serve-não serve ou natural-antinatural, talvez a Vida fosse bem menos complicada de entender.

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  7. Que lindo, Renata. Amei a docilidade presente no seu texto, simplesmente senti cada palavra e quando terminei de ler fiquei com uma sensação boa aqui dentro.

    http://osonhodeumaflauta.blogspot.com

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  8. Oi, Renata

    Vim retribuir sua visita e carinho no meu blog. Já conheço seus textos e simplesmente acho perfeitos, vem da alma, toca o meu interior como música. Muito obrigada por ter a honra de ter vc como seguidora do meu blog. Estou seguindo vc, tb...Sucesso sempre e que a paz faça morada na sua alma, seja qual momento estiver vivendo. beijos, semana próspera para você e sua família.

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  9. Seu texto, quando li, me trouxe aquela sensação de paz..=)

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  10. "vejo uma pluma branca pairando no ar sem conseguir alcançar o chão."

    Lindo...

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  11. ... não demore ;)

    A descrição final... o assovio... que belo!

    Beijos =)

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  12. Olá.

    Que belo texto!!!!
    Meus parabéns... gostei muitão.

    Boa noite.

    ;D

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  13. Q lindeza é estar aqui.
    Saudades Rê.

    Um beijo!

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  14. Nooossaa.. seu blog ta lindo de mass!!!
    Me encantei com todos os textos da Rê! Beijoss vou vim aqui muito mas vezez. Te seguindo!!!

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